sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PEDACINHO DE AMOR

(A. Nery Vanti)
Surgiste de onde
pedacinho de amor?
Daquela linda estrela
que no céu fulgura?
Da nuvem rosa que flutua...
do vento... ao sabor?
De um raio de sol
que surge de repente...
para aquecer a vida da gente?
Pedacinho de amor!
És o raiar de nosso dia!
Do jardim a mais bela flor!
Desde que aqui chegaste...
pequerrucha e tão macia...
transformaste nossa vida
em um mar de alegria!
Pedacinho de amor!
Com teus olhinhos brilhantes
nesse mimoso rostinho...
tua boquinha rosada...
que sorri e faz beicinho
consegues a cada instante
redobrar nosso carinho...
aumentar nosso amor!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Folhas do tempo ao vento" Fatima Dannemann

Areias do tempo
Voando no vento
Como as folhas soltas
De um calendário
Marcando passagem dos meses
Em um filme antigo...
Areias de um deserto esquecido
Tempos passados
Vidas roubadas
E levadas pelo vento
Tramas contadas numa novela muda...

Areias do vento
Marcando o tempo
Tamborilando a vida
Como as folhas de um outono cálido
Vento que sopra o tempo da vida...

Areias do dia
Tempo da noite
Ventos da lua
Beijando o mar da vida...
Vento que sopra o tempo
Tempo que empurra o vento
Pequenos grãos
Que marcam a vida...
Flashes de memória
Que fazem sonhar...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Oração Kahuna do Perdão





Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar. A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, injuriaram, prejudicaram ou causaram dificuldades desnecessárias. Perdôo, sinceramente, quem me rejeitou, odiou, abandonou, traiu, ridicularizou, humilhou, amedrontou, iludiu.

Perdôo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada. Reconheço, que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter. Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.

Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer, e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos. Iniciei agora, uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente: quero compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.


Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente. Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, que me ajudaram a evoluir, do nível humano comum ao espiritualizado em que estou agora.


Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que sejam castigadas pela lei da causa e efeito, nesta vida ou em outras futuras. Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.



(Fazer uma pausa, respirar profundamente alguma vezes, para acúmulo de energia).



Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente e inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei. Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.

Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam, que este contato foi estabelecido.

Agora dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor. Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o meu bem e do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto realização. Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.



Assim seja, assim é e assim será.

domingo, 7 de março de 2010

Quando a poesia fala a linguagem dos anjos IV (Anjos libertários, bardos do amor sem limites)

Fatima Dannemann

Palco da Broadway, 1997. Nada pirotécnico em cena. No palco, um bando de
atores cantam "como você pode medir um ano em segundos/ em beijos/ em
xícaras de cafézinho"... Assim terminava "Rent", premiada com os principais
"Tony" (uma espécie de Oscar para peças de teatro) daquele ano, concorrendo
com "darlings" do público, especialmente de turistas como "Miss Saigon",
"Fantasma da Ópera" e o belíssimo "A Bela e a Fera". Pois é. No Tony daquele
ano deu "Rent" na cabeça. Uma ópera-rock, musical, seja lá que nome queiram
dar ao espetáculo, sem helicopteros no palco, sem efeitos especiais, sem
falar de meninas boazinhas que vêem beleza em monstros-feios ou de
compositores deformados que se apaixonam pelas sopranos. Mas ainda assim,
impregnada dos mesmos ingredientes: amores, angústias, dores, pequenas
alegrias. "Rent" passou batido de muita gente. Claro, no palco muito pouco
de deslumbre e muito da realidade de pessoas que moram perto de nós, mas que
ignoramos: drogados, homossexuais, soropositivos.
Gente que ama, sente, sofre, vibra, ri e chora, mas que o preconceito as
vezes não deixa que sejam notados como seres humanos. Gente que, para
transmutar tudo o que sente, busca na arte o apoio que seus semelhantes lhe
negam e vez ou outra surgem bardos libertários a gritar o amor e a vida com
letras maiúsculas. Como Renato Russo, Cazuza e tantos outros, que pediram
"apenas um segundo para aprender a amar" e que foram levados cedo para
outros planos de existência. Como outros anjos, um século antes, foram
vencidos pelo fantasma da vez, a tuberculose. Castro Alves, por exemplo. E
em outras épocas outros bardos ou anjos que desafiaram os limites,
transpuseram barreiras, romperam convenções apenas para dar seu grito pela
vida. A vida a qual, poetas ou não poetas, artistas ou não artistas, os
donos da verdade ou aqueles que apenas a buscam, sejam lá quem for, todos
têm direito.
E no palco em Rent, os atores cantavam a belíssima canção gravada em disco
por Steve Wonder "how do you measure/ measure a year?" (como você mede/mede
um ano) encerrando a história em que gente como nós - apenas condenadas ao
submundo pelo preconceito da sociedade tradicional - contava seus dramas,
angústias e não deixava de acreditar no futuro. Artistas... Atores, poetas,
músicos... Gente considerada "maldita" ou "desocupada" por quem acha que
trabalhar significa apenas bater um cartão de ponto, cumprir jornada de oito
horas e ter um contra-cheque no fim do mês, quando, sabemos, que não é bem
assim. Bardos de um amor sem limite. E nos séculos passados quantos romperam
convenções? E nos séculos passados quantos desafiaram reis e juízes? Quantos
escaparam da tuberculose ou mesmo da sífiles mas morreram da overdose da
ignorância dos poderosos?
E Cazuza cantava "você tem exatamente um segundo para aprender a me amar".
Quase uma profecia. Para quem nunca teve limites, a vida na terra acaba
cedo. Mas, em outros planos ela é eterna. Como são eternos os versos de
Castro Alves e tantos outros poetas que vieram antes, mas que desafiaram as
convenções, as idéias e deixaram um legado para o mundo "Rent" talvez tenha
passado batido da grande massa de turistas que visita Nova York todos os
anos por lembrar ao mundo uma realidade que incomoda e muito, de gente a que
resta apenas a arte para transmutar as angústias em algo bonito. Como outros
tantos fizeram. Castro Alves, por exemplo, em seu leito de morte, reunindo
forças para escrever o belíssimo conjunto de sonetos "Anjos da meia-noite",
lembrando todas as mulheres de sua vida. Oito sombras ao todo. A última
delas, a inevitável, aquela a quem ninguem escapa, a morte. Nem os
poderosos. E não importa como se mede um ano, se em segundos, minutos, copos
de cafezinho. Cazuza, Renato Russo, e muitos outros que partiram cedo desta
vida, preferiram medir a vida em algo muito além de todas as medidas: a
poesia.

(dedico esse texto a minha querida amiga Stela Trindade)

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sobre a poesia do dia a dia

Afinal, não somos todos nós poetas da vida, mensageiros da fragilidade e da sensibilidade dos homens? Importante para nós é sentirmos que somos peças importantes do equilíbrio universal, e que podemos fazer a diferença entre cuidado e destruição, entre paz e insanidade, entre carinho e crueldade.
(Jean Pierre Barakat)

----- UM CERTO CORAÇÃO

Tava tudo lá no cantinho,
amontoado, em caquinhos.
Eram tantos os pedaços,
tava tão quebrado,
tava todo estilhaçado.

Juntei com cuidado,
deu um trabalho...
foi demorado.

Havia uma parte
que nem tinha mais conserto,
tava cheia de defeito,
apesar disso,
fui dando um jeito.

Aí, comecei a reconstrução
levou um tempão,
quando tava tudo encaminhado,
que já tava tudo encaixado,
deu um problema,
ah meu Deus... que pena!

Passou um vendaval tremendo,
uma brisa, um vento....
nem sei....
e destruiu ele de uma vez.

Foi díficil reunir tudo novamente,
quase fiquei doente.
Recomecei então a reconstrução,
sem a ajuda de ninguém,
pedir ajuda pra quem?

Aí, catei tudo aos pouquinhos,
com muito carinho.
Cada um dos caquinhos
tinha uma história,
um segredinho.

Fui pegando um por um,
juntando novamente,
ele foi ficando mais decente,
já tava até parendo um coração,
apesar de muito carente.

Mas agora dentro dele,
não tinha mais emoção,
ele tava vazio
oco e frio.

Não batia mais alucinado,
isso agora era coisa do passado.
Guardei-o na gaveta,
só de recordação,
pra manter aquela ilusão.

Aquele coração....
num era mais o meu não,
o meu sempre foi quente,
animado e ardente,
e aquele tava retalhado,
frio e amargurado.

O coração que eu tinha no peito
não tinha defeito,
sangrava de todo jeito,
mas sabia bater com precisão.

Ele enchia o corpo de paixão,
transbordava a mente de ilusão,
arrepiava a pele de tesão,
ah!!....esse que tava estragado,
num era o meu não.

Vou deixar ele guardado,
prefiro viver sem coração
do que com esse remendado,
duro e maltratado,
seco e arruinado.

Se alguém por aí puder me ajudar ,
eu vou gostar.
Preciso de outro novo pra comprar,
zero quilômetro, tinindo,
que não viva se partindo,
que não se iluda a todo instante,
que seja forte,
com um vermelho vibrante.

Dá pra vc me ajudar?
É....você aí.......que quebrou ele todinho,
que não lhe teve nenhum carinho.

Fique sabendo viu?
Ele num tinha garantia,
portanto a culpa é sua,
por tremenda covardia.


SILVANA DUBOC